CAPOEIRA É HISTÓRIA, É CULTURA 

ARTE MARCIAL CAPOEIRA

HISTÓRICO

O exército de Esparta

O Exército de Esparta foi um dos primeiros exércitos profissionais conhecidos da História. Aos sete anos de idade, os rapazes espartanos eram enviados para um aquartelamento para receberem a instrução militar necessária para se tornarem soldados. Com a idade de 30 anos, podiam deixar o aquartelamento para casar e criar família. A partir de então, os homens espartanos dedicavam a sua vida à atividade militar até de reformarem aos 60 anos.

Ao contrário de outras civilizações, cujos exércitos eram desmobilizados durante as épocas das sementeiras e das colheitas, isto não acontecia em Esparta, uma vez que o trabalho manual era totalmente realizado pelos servos (helotas). Isto permitia a Esparta manter um exército permanente, capaz de entrar em campanha durante todo o ano.

O Exército Espartano era majoritariamente composto por hoplita, como todos eles equipado com armas e armaduras padronizadas, praticamente idênticas umas das outras. Cada hoplita ostentava o emblema de Esparta e um uniforme escarlate. O equipamento principal individual consistia num escudo redondo, numa lança e num elmo.

Antiga Roma

O Exército Romano teve as suas origens no exército miliciano da época da República, o qual era composto por cidadãos que prestavam serviço militar obrigatório a Roma. Por volta de 115 a.C. foram realizadas reformas no Exército Romano que o tornaram numa organização profissional, ainda composta por cidadãos, mas agora voluntários que serviam durante 25 anos antes de serem desmobilizados.

Os Romanos também se destacaram por utilizarem tropas auxiliares, compostas por não Romanos, que serviam ao lado e complementavam as legiões, assumindo funções nas quais as tropas romanas não eram tão eficazes, como as de infantaria ligeira e de cavalaria pesada. Depois de servirem com o Exército Romano, os membros das tropas auxiliares e os seus filhos eram feitos cidadãos romanos. Também lhes eram oferecidos dinheiro e terras para colonizarem. No Império Romano tardio, as tropas auxiliares e os mercenários estrangeiros tornaram-se o núcleo do Exército Romano. Por essa altura, várias tribos bárbaras como as dos Visigodos foram pagas para servirem aos Romanos como mercenários.

 

Batalhão Zuavo o 1° exército de Capoeiras

As artes marciais nas forças armadas brasileiras

Em se falando de artes marciais nas forças armadas a primeira menção que se pode considerar como parte integrante dessas ações em corpo de tropa se dá quando da formação do Batalhão de Zuavos para a Guerra do Paraguai (1865-1870). É merecedor de nota o fato que, a Marinha, ainda com nome de Armada ou Força Naval recebeu primeiramente os negros praticantes da capoeiragem (SOARES, 2004).

Os Zuavos eram escravos que pela promessa de liberdade e a revelia de sua vontade eram mandados, nos lugares de seus senhores, à guerra.

Souza (1996) nos informa que um grande número de negros foi recrutado à força para servir na Guerra do Paraguai por suas “habilidades em capoeiragem”, já Capoeira (1992) nos mostra que o Batalhão de Zuavos foi imprescindível em ações no campo de batalha na campanha do Paraguai como a tomada do Forte Curuzu em 1866.

Não se deve deixar de ter em mente que a Capoeira é considerada uma arte marcial legitimamente brasileira como nos mostra Sena (1980) e Sodré (2002).

Sobre a Capoeira no EB após uma busca mais acurada, pouco se acha como referência sobre o assunto em virtude da falta de uma literatura específica para maior embasamento.

No referente à questão racial brasileira tem o mérito de ter colaborado decisivamente na Abolição da escravidão. Isto por conta de a participação de numerosos negros, livres e cativos na Guerra do Paraguai - campanha para quais foram criadas as unidades de Zuavos Baianos - ter despontado uma cumplicidade de posições contrárias ao regime servil por parte do Exército enquanto corporação. O sociólogo Otavio Ianni explicou que desde meados do século XIX, o Exército, enquanto instituição, "não estava mais disposto a dar cobertura a uma instituição condenada moral e politicamente" Tomaram parte na Guerra do Paraguai, nos Corpos de Voluntários da Pátria, unidades, valor companhia, chamadas de Zuavos Baianos, cujo sacrifício faz parte dessa conquista social pela cidadania. Organizadas entre negros do Nordeste, de acordo com o que relata o general Paulo de Queiroz Duarte instituíram-se com "grande entusiasmo". Todos os componentes dessas unidades eram afrodescendentes, dos soldados aos oficiais.

O General Dionísio Cerqueira - que integrou as tropas brasileiras que combateram no Paraguai, na condição de jovem oficial - escreveu que em dezembro de 1865, no campo de Lagoa Brava, próximo da cidade de Corrientes, a tropa foi reforçada por grande número de Corpos de Voluntários, que haviam ali chegado subindo, embarcados, o rio Paraná.

"Fui visitar os acampamentos dos recém-chegados e encontrei amigos, colegas de colégio, que vinham partilhar nossa vida honrosa. Havia entre os voluntários, um corpo de uniforme estranho; - “largas bombachas vermelhas presas por polainas que chegavam à curva da perna, jaqueta azul, aberta, com bordados de trança amarela, guarda-peito do mesmo pano, o pescoço limpo sem colarinho nem gravata e um fez na cabeça”. Eram todos negros e chamavam - Zuavos baianos. Os oficiais também eram negros".

Os uniformes dos zuavos brasileiros tiveram como modelos a vestimenta dos corpos franceses existentes na Argélia. Na cabeça usavam o fez barrete de forma tronco cônica, geralmente vermelho. Porém viria da Turquia a tradição em se organizar esse tipo de tropa. Naquele país usava um turbante verde, cor sagrada do profeta, que só certos sacerdotes, "os imans", podiam usar. Até 1926 o "fez era de uso obrigatório aos funcionários civis e soldados do exército turco", complementou Paulo de Queiroz Duarte.

 No Brasil existiram quatro unidades de Zuavos Baianos. A primeira foi criada pela iniciativa de Quirino Antônio do Espírito Santo. A iniciativa contou com o apoio do escritório do Diário da Bahia, onde funcionava a subscrição para aquisição do fardamento apropriado. Seu comandante foi o capitão Joaquim José de Santana Gome.

 A Primeira Companhia de Zuavos Baianos foi despachada de Salvador, na Bahia, pelo Desembargador Baltazar de Araújo Bulcão, nos termos do Decreto nº 3.371 de 7 de janeiro de 1865, para a Corte do Rio de Janeiro. Partiu de Salvador no dia 22 de março a bordo do vapor São Francisco rumo ao Rio de Janeiro, levando 82 homens de efetivo.

A 2ª Companhia de Zuavos foi ativada em 5 de abril, também por vontade do Presidente da Província baiana. Para chefiá-la foi escolhido o sargento Marcolino José Dias, nomeado alferes em comissão. Em 1º de maio de 1865 embarcou no paquete inglês Paraná, com oito oficiais e 150 praças, navio que transportou o 5º Corpo de Voluntários, também organizado na Província da Bahia. O Comando das Armas da Bahia registrou na sua ordem do dia n.º 38 o seguinte: “Hoje embarca a” 2ª Companhia de Zuavos Baiano, ao mando do Senhor Tenente Marcolino José Dias; o Marechal de Campo, Comandante das Armas, cumpre o grato dever em dirigir-lhe o merecido louvor e bem assim aos mais oficiais e as respectivas praças, pela dedicação e galhardia com que marcham para a guerra. Ide, meus briosos camaradas e amigos zuavos!

Depois de permanecer por quinze dias Rio de Janeiro, a 2ª Companhia de Zuavos foi reunida à primeira. Ambas deixaram a Corte, em 21 de maio, a bordo do vapor Imperador, seguindo destino a Montevidéu para incorporar-se ao Exército do Brigadeiro Manoel Luís Osório. "O ato, que foi muito concorrido e durante o qual o povo manifestou grande entusiasmo, teve a presença do Imperador, do Duque de Saxe, Ministro da Guerra, Senador Ângelo Muniz da Silva Ferraz, e muitas altas autoridades de terra e mar", narrou Paulo de Queiroz Duarte.

Os documentos disponíveis dão a entender que a Terceira Companhia de Zuavos foi recebida em dezembro de 1865, no acampamento de Lagoa Brava. A Ordem do Dia nº 478, de 11 de outubro, da Repartição da Ajudância-General, declarava como comandante da companhia o Tenente Nicolau Beraldo Ribeiro, do 41º Corpo de Voluntários da Pátria.

A Quarta Companhia, de acordo ainda com Paulo de Queiroz Duarte, foi organizada por iniciativa do Barão de Porto Alegre, em dezembro de 1866. A Ordem do Dia n.º 41 foi expedida do Quartel General em São Borja, no Rio Grande do Sul. A chefia coube ao Tenente Francisco do Espírito Santo.

Apesar do interesse que causou o surgimento e deslocamento do Corpo de Zuavos, o general Osório decidiu por não empregá-los como tropas operacionais, designando-os ao serviço de saúde, que na visão dos chefes militares reunia os soldados "menos aptos para as fadigas do serviço ativo", escreveu Anfrísio Fialho, oficial que serviu no 1º Corpo do Exército, vindo mais tarde registrar suas memórias sob o título de "Recordações".

“As nações que caem lutando, voltam a reerguer-se, mas aquelas que se rendem docilmente estão acabadas”. Provérbio Árabe

 

CAPOEIRA - ARTE MARCIAL?

HISTORICO

Desenvolvida pelos escravos Bantus, que praticavam em cerimônias mágico-religiosas. A capoeira desenvolveu-se bastante em Salvador, no Rio de Janeiro e no Recife. Utilizada pelos escravos como modalidade de luta, era treinada nas fazendas com coreografia e musica que simulavam uma dança inocente aos olhos dos feitores. Seu nome provavelmente deriva das capoeiras - Lugares quase sem matos - onde os negros fugidos enfrentavam seus perseguidores.

Com o tempo, a luta sofreu a influencia dos brancos e dos índios e no século XIX difundiu-se entre os malandros, passando a ser alvo de intensa perseguição policial. Com a fundação de academias, desde o inicio do século XX. Principalmente na Bahia. A capoeira tornou-se conhecida tanto como esporte quanto como tipo de luta. Nela os lutadores aplicavam golpes ágeis com as mãos e os pés. Sob a marcação rítmica de uma orquestra instrumental e cantores. Os instrumentos usados são o Berimbau, Pandeiro, ganzá e caxixi.

Há três principais modalidades de capoeira: a de capoeira Angola, a mais tradicional, que teve em mestre Pastinha o seu mais ferrenho defensor; a Regional Baiana, criada por mestre bimba, que introduziu golpes de jiu jitsu e boxe deixando-a mais perigosa; e a estilizada, de Carlos Sena, com disciplina e regulamentação que lhe deram caráter educativo.

A capoeira foi oficializada como esporte competitivo nacional brasileiro em 1972. Possuindo atualmente federações e associações por todo Brasil.

A capoeira trás ainda um grande valor artesanal onde aprendemos a valorizar instrumentos e armas manufaturados pelos praticantes, o que coloca a capoeira como Rainha do folclore nacional e nos faz mais profissionais e com maiores responsabilidades.

O ESTILO AXÉ CAPOEIRA DE CONTATO

 

Mestre Gio Alves partindo da capoeira regional baiana do Mestre Bimba (metodologia recomendada para os iniciantes da capoeira, em virtude de ter uma seqüência lógica de movimentos de ataque, defesa e contra ataque, permitindo ao aluno aprender com segurança sem lhe exigir uma habilidade aprimorada). Criou o estilo Axé capoeira de contato e Luta Urbana, mantendo os golpes básicos, mais os de outras lutas (boxe, kickboxing e MMA). Procurou aperfeiçoar este sistema de luta e defesa pessoal, os estilos obtêm êxito através de:

- Aulas padronizadas em todas as academias tendo seu planejamento feito na matriz.

- Exames de cordões divididos em fases, exame físico, exame escrito e prático com execução dos golpes característicos para cada corda, com seqüência pedagógica para formação do capoeirista.

- Prática da capoeira envolvendo o aprendizado do jogo, da música e da instrumentalidade.

- Material didático (apostila para cada corda).

- Cursos para os professores com iniciação em: Anatomia baixa, Fisiologia, primeiros socorros, didática, administração, direitos e deveres do capoeirista.

 

Normas éticas

 

O Axé capoeira e Cultura baiana observam as fundamentações que norteiam os requisitos necessários aos capoeiristas, são aquelas indispensáveis para a formação ética de qualquer cidadão: - Ordem Máxima, Disciplina Rígida, Respeito Absoluto e Moral Ilibada a ser mantida dentro e fora do templo da capoeira.

As normas á conduta capoeirístico são:

- Manter convenientemente limpo, passado e sem dilaceramento o seu abada.

- Conhecer as regras de como se deve dobrar o abadá.

- Conservar sempre sob sua guarda pessoal e em total segurança a sua corda.

Sabendo que sua corda é pessoal e intransferível.

- Manter o asseio corporal, conservando sempre os cabelos, barba e unhas convenientemente aparados.

- Manter a sua presença na roda dentro de comportamento de profundo respeito, alta disciplina e mantendo sempre uma postura correta.

- Amarrar acorda correta e vigorosamente, como manda a regra: dobrar a corda em dois, juntando as pontas e assim envolvendo a cintura, fazer passar as duas pontas por entre a outra extremidade, garrotando para em seguida dar um laço que deixe as pontas caídas na mesma distância.

- É obrigação de todo capoeirista, como tributo á disciplina, manifestar nas circunstâncias necessárias o seu gesto de cortesia aos mais graduados, seus colegas e companheiros de entidades correlatas através do salve, que deverá ser executado com atitudes e gestos vigorosos e em posição de sentido.“O salve é a saudação do capoeirista”. “Para responder á saudação, o capoeirista mais graduado deverá proceder da mesma maneira”.

Obs. O capoeirista de qualquer graduação deverá levantar-se todas as vezes que estiver numa entidade e for executado um salve em formatura.

 

Objetivos do Axé capoeira

 

Elevar o nível histórico, técnico e teórico no ensino da capoeira.

Desenvolver a capoeira nos vários níveis assim tem: - Capoeira Educação, Arte, Folclore, Esporte, Luta e Filosofia de vida.

- Utilizar a capoeira como recurso pedagógico, artístico e cultural.

-Profissionalização do capoeirista e resgate do valor do mestre de capoeira, enquanto produtor e transmissor de cultura e vivências.

- Coleta de informações referentes a todos os núcleos de capoeira, tanto nacional como internacional facilitando o acesso aos interessados.

- A conciliação da história da capoeira, com o que há de mais moderno.

- Também a profissionalização do capoeirista. Preparando o atleta para trabalhar, pensando no seu futuro, em tornar-se profissional e a buscar o reconhecimento no mundo capoeirístico.

 

Organização

 

Unidades

Em termos de organização vertical nos exércitos elas englobam unidades de vários escalões. São formadas por praticantes de capoeira amadores e profissionais e são conhecidas por unidades.

Tradicionalmente, em ordem crescente, os diversos escalões das unidades do Exército são os seguintes:

Esquadra - unidade básica comandada por um cabo (graduado), composta por quatro a oito elementos. Em alguns tipos de unidades Militares é chamada "equipe".

Grupo - fração comandada por um sargento (aluno graduado), composta por duas ou três esquadras.

Pelotão - a menor unidade de comando de oficial (Monitor), composta por duas ou três seções. Em algumas unidades Militares é chamado grupo de combate.

Companhia - unidade sob comando de um capitão (estagiário), constituída por três pelotões.

Batalhão - a menor unidade comandada por um oficial superior (instrutor), composta por diversas companhias.

Regimento - tradicionalmente, a pequena unidade de maior escalão, comandada por um coronel (professor) e incorporando até três batalhões.

Brigada - tradicionalmente, a grande unidade de menor escalão sob comando de um oficial general (mestrando).

Divisão - agrupamento de várias brigadas, mais unidades de apoio divisionário, totalizando entre 10 000 e 25 000 efetivos;

Corpo de exército - agrupamento de várias divisões, mais unidades de apoio de corpo de Exército, com um efetivo entre 20 000 e 80 000 militares;

Exército - agrupamento de vários corpos de exército, com mais de 200 000 efetivos. Antigamente, era a denominação genérica de uma grande unidade em operações, sob o comando de um oficial general (Mestre).

Grupo de exércitos - agrupamento de vários exércitos, com mais de 700 000 militares.

 

Hierarquia do exército/capoeira

 

Os indivíduos nos exércitos, de acordo com o seu nível de formação e o grau do comando exercido, divide-se em três grandes escalões hierárquicos: oficiais, sargentos e praças. Em alguns países, como é o caso do Brasil, os sargentos são incluídos na classe das praças, sendo subdividida em círculos hierárquicos dos sargentos, dos cabos e soldados. A categoria dos oficiais subdivide-se entre oficiais subalternos, capitães ou intermediários, superiores e generais.

As tres fases que reconhecem os praticantes de capoeira são assim subdivididas:

- Praticante: Iniciante, Aluno e aluno graduado.

- Profissionais: Graduado, Monitor, Estagiário e Instrutor.

- Especializados: Professores reconhecidos pelo MEC, Mestrando e Mestre.

 Mestre

Atualmente, na maioria dos exércitos, os oficiais são os militares com formação superior com as maiores responsabilidades em termos de comando. Os oficiais especializam-se nessa especialidade (modalidades). São o responsável pelos estudos realizados no campo de pesquisa de novas técnicas, alterações administrativas, mudanças organizacionais que contribuam para o desenvolvimento da capoeira, tem como responsabilidade a de conduzir as decisões com justiça e imparcialidade.

O título de Mestre de capoeira, só será outorgado ao docente que tiver no mínimo quinze anos de capoeira, e, pelo menos quatro anos de regência em capoeira, o Profissional recebe o título de mestre, não dos alunos, mas da sociedade e da comunidade. É o homem de grande doutrina, conhecedor e guia aquele que possui mestrado. È o grau máximo do Axé capoeira, e nele só haverá uma pessoa que terá a responsabilidade de conduzir o destino do Grupo Axé Capoeira e Cultura baiana.

Nesta fase não é exigida a habilidade em jogos ou lutas, uma vez que esta pessoa lutou a vida inteira pelo reconhecimento na classe capoeirística, este é o momento de colher, tudo que plantou durante a sua vida, é o momento em que dividirá com os outros, mestrandos e profissionais, o seu conhecimento e experiência.

Mestrando

É o círculo mais elevado dos oficiais é o dos Mestrandos, que além da formação base da sua origem, recebem uma formação em altos estudos que lhes permite exercer o comando de grandes unidades. É aquele que Cursa a obtenção do grau de mestre numa ordem marcial, seria o Vice- Diretor; devido ao seu tempo de prática, representa o Mestre, na teoria do Fundamento e na Prática do conhecimento. Tem a responsabilidade de conduzir as decisões com Justiça e Imparcialidade.

Os diversos graus hierárquicos são os seguintes:

Profissionais

 

Professor - 

Posto Pedagógico de ensino, É o profissional formado em Educação Física devidamente registrado junto aos órgãos competentes (MEC). Esta fase dentro do Axé capoeira é usada por profissionais formados e Acadêmicos. O nosso objetivo é valorizar a aprendizagem e também incentivar a formação de novos profissionais com plena consciência de suas atitudes. responsável pelo comando de um Regimento.

Instrutor

Pessoa que ensina, transmite conhecimento, informa e habilita novos capoeiristas, É a fase onde também, se possibilita a formação de novos profissionais. À partir desta fase o profissional passa a ter, maior liberdade em respeito á preparação de alunos, instrução técnica e organização de projetos de capoeira.

Cada graduação observa o tempo mínimo de doze meses e as funções exercidas na entidade. Capoeirista responsável pelo comando de um Batalhão.

Especializados Graduados em formação -

 É o profissional formado em Educação Física devidamente registrado junto aos órgãos competentes (MEC) é o responsável pelo comando e organização de uma companhia.

 

Estagiários – 

Etapa de preparação de um profissional é a pessoa que faz estágio, a fase do amadurecimento do capoeirista buscando o reconhecimento da sociedade, ele passará a encarregar-se de Academias, Escolas públicas e Centros Comunitários, mas sempre com o Mestre orientando-o, a cada passo.  Organizando cursos, batizados e festas. É o responsável em qualificar o trabalho dos graduados buscando a pratica constante da luta Capoeira.

Obs.”: A corda Crua/Azul Celeste, para “integrantes formados no grupo”, o tempo de cada graduação é o mínimo de seis meses, observando as suas funções perante a entidade, que corresponde á alunos graduados,” provenientes de outros grupos, em observação. “Usarão esta por um período não inferior a vinte e quatro meses. Desde que seguindo as normas desta entidade e cumprindo com as suas funções.”

Capoeirista com formação Profissional e graduação de estágio, com a formação completa, ficando responsável pelo comando de pelotões.

Profissionais Graduados

Os profissionais graduados correspondem a capoeiristas de carreira com uma formação mais avançada que as praticantes e que auxiliam os Professores no seu comando. Os Profissionais Graduados assumem uma importância cada vez maior, exercendo o comando de diversas unidades básicas ou uma companhia. Os Profissionais Graduados também são conhecidos por oficiais inferiores ou suboficiais.

Monitor -

  É a graduação mais básica do profissional. Pessoa encarregada de auxiliar na instrução, quando na falta do Professor ou Mestre. É o que receberá do Mestre autorização para ensinar a Capoeira nos seguintes locais; Escolas Públicas, Centros Comunitários e Centros de treinamento, passando a ser reconhecido como Profissional e futuro Mestrando. É a fase que serve de ligação entre as fases Superiores (Estagiário, instrutor, Mestrando e Mestre) e ás fases inferiores (Alunos Graduados, Alunos e Iniciantes) é considerado Graduado Monitor o capoeirista que pratique há pelo menos sete anos e dedique-se ao ensino há dois anos. É o responsável por um pelotão este teria a incumbência de um Sargento.

Alunos Graduados

  É a graduação que corresponde aos não profissionais. É o responsável em representar a entidade, ser o jogador de capoeira, e terá como opção o desenvolvimento Marcial, Cultural ou Esportivo da capoeira, preparando-o para tornar-se um futuro profissional, Esta fase visa conservar a cultura nacional e demonstrar a superioridade da nossa forma de lutar.

O uso da corda para a próxima troca tem que respeitar o período mínimo de doze meses, ao findo do qual o aluno passará por uma série de avaliações que o qualificará para o uso da próxima graduação.

 No Brasil, nas Forças militares, é chamado cabo.

 Praticantes

Os praticantes são o grupo de capoeiristas com a formação mais básica, com poucas ou nenhumas responsabilidades de comando, são essencialmente executantes. Os diversos postos são os seguintes:

Graduado aluno

É o individuo que comanda um grupo básico de capoeiras. Toda pessoa que recebe instrução buscando um objetivo profissional. Nesta fase a pessoa que alcançar o seu objetivo, terá ao seu favor o acompanhamento do mestre, o qual lhe indicará qual a melhor forma de intensificar e aplicar o seu conhecimento buscando passar a novos alunos, parte do que aprendeu, demonstrando o valor desta arte. Três são as fases que identificam este aluno:

Aluno

Indivíduo com a formação completa é a partir do momento em que o aluno é batizado. Todo e qualquer aluno que se inicia na capoeira, o tempo mínimo de prática são seis meses. Após o esclarecimento sobre a linguagem do corpo, filosofia e teoria da arte. O aluno estará apto a iniciar realmente a sua carreira capoeirística, alem do sistema de movimentação interna do grupo, o interessado deverá apresentar as oito sequências bases do mestre bimba e jogar capoeira ao ritmo do São Bento Grande de regional baiana.

Iniciante

É a denominação de um individuo que ainda está a receber a formação básica. Etapa na qual a capoeira será apresentada ao futuro aluno.

 

Organização da arte marcial capoeira

 A capoeira como qualquer exército Marcial organizado é dividido de forma ordeira onde a certo numero de indivíduos são dividido em grupos que tem pessoas que irão se responsabilizar por alcançar metas e também manter a unidade desta força que a cada dia crescerá e se tornará maior que o dia anterior e a sua divisão é assim classificada:

 

 

UNIDADE

RESPONSSÁVEL

UNIDADES

TOTAL

01

Esquadra

Aluno Graduado

Oito integrantes

      08 Indivíduos

02

Grupo

Graduado

Três esquadras

      24 Indivíduos

03

Pelotão

Monitor

Três grupos

      72 Indivíduos

04

Companhia

Estagiário

Três pelotões

    216 Indivíduos

05

Batalhão

Instrutor

Três companhias

    648 Indivíduos

06

Regimento

Professor

Três batalhões

 1.944 Indivíduos

07

Brigada

Mestrando

Três regimentos

 5.832 Indivíduos

08

Divisão

Mestre

Três brigadas

17.496 Indivíduos


Obs. Os professores serão responsáveis por indicar o aluno qual irá ser o guia de cada grupo de indivíduos e as suas obrigações como tal, ou seja, terá ainda que ser o exemplo nas responsabilidades a serem por eles assumidas será aquele que passara a atuar como oficial num grupo marcial.

 

Lema e mascote.

 

Galo de Briga – Mascote da Capoeira

 

Este grupo tem por lema “Senta Pua”, pois este era o lema da esquadrilha da Força Aérea brasileira, nos céus da Europa durante os anos da 2ª guerra mundial, brilhante foi a participação destes, o uso de seu lema nos faz voltar aqueles anos e a valorizar homens que nascem para lutar, pois estão sempre prontos a servir a seus ideais seja onde for em qualquer lugar, a qualquer hora.

“Senta Pua” na capoeira serve como um grito de guerra é uma palavra de força e credibilidade. Estamos sempre prontos assim como na capoeira, a nossa tênue fronteira entre o jogo e a luta está logo ali, em dado momento estamos brincando e sorrindo em outro estamos brigando é para isto que estamos prontos.

Este grupo assim como qualquer entidade de lutas, buscou - se ter inspiração em animais que utilizassem estilo e técnicas semelhantes as do capoeirista. Através do lema optou-se por mascote o Galo de Briga personalizado utilizando uma navalha numa mão e um facão na outra.

 Nossa justificativa pelo galo, e de que o galo existe em várias cores e espécies, mas o seu instinto em lutar sempre é o mesmo, também utiliza as pernas como arma e mesmo cansados, feridos ou esgotados lutam até a morte. Eles nasceram para lutar e apenas aprendendo a dominar a sua fúria bem como ter consciência de seus atos é que teremos não mais capoeiristas, mas “os capoeiristas” gente apta a perpetuar as nossas tradições culturais.

 

Do Uniforme

O uniforme dos capoeiristas é; uma calça e uma camiseta de cor branca e a sua graduação correspondente, que é identificada por meio de cordas, que mudam de cor conforme a evolução do praticante, até chegar ao cordão mais desejado a corda Branca, a corda de mestre.

 

As cores na graduação da capoeira

 

A identificação da graduação do aluno por cores surgiu, à partir da criação das federações estaduais de capoeira, onde cada grupo ou associação  defendia as suas cores, para isso foi criada a Confederação Brasileira de Capoeira - CBC; que se incumbiu de propor às federações que utilizassem as cores da bandeira nacional.

O grupo Axé capoeira, observando a necessidade de termos a capoeira organizada também no nível metodológico, foi buscar na origem de sua História, na sua evolução e na vivência dos nossos antepassados capoeiristas. Esta padronização no sistema de graduação consiste em cordas de cores únicas baseadas nas cores da natureza, representando elementos da natureza-terra, água, fogo e ar - com características distintas, cada corda relaciona-se com um elemento da natureza e recebe a importância simbólica dos reinos animal, vegetal e mineral.

O sistema possui uma subdivisão, que é a seguinte; - graduação adulta e mirim.

 

- Na graduação mirim, se inicia na fase aluno e a cada seis meses o aluno prestará exames para as demais fases-aluno, graduado, monitor, estagiário e instrutor-. Todo aluno menor de dezesseis anos, adentrará automaticamente na graduação mirim e somente deixa esta, quando formar-se Instrutor. A principal diferença será nas cores, pois os mirins utilizam cores mais claras e nas adultas cores mais vivas.

Obs. caso o aluno deseje trocar para a fase adulta, este será equiparado e passará a utilizar a corda na graduação adulta.

 

- Na graduação adulta começará como aluno e galgarão as demais fases a cada doze meses, até chegar a graduação máxima - mestre-. O aluno maior de dezesseis anos é considerado adulto.

As cores para a graduação dos alunos desta instituição serão: Preta, Preto-Amarela, Cinza, Laranja, Azul celeste, Amarelo Ouro, Verde oliva, Azul marinho, Vermelho, Roxo, Marrom, Vermelho/Branco e o Branco e as cores intermediárias (mistas).

 

 

 

Graduação por Cores

História e Religiosidade.

 

01-Corda Crua: Representa o nascimento da raça humana a busca pelo conhecimento, o vazio o nada.

02-Corda Preta: Representa o homem negro no continente africano, a formação das primeiras Sociedades; Entidade - Exu.

03-Corda Preta e Amarela: O contato com o homem Branco e a transformação do negro de Liberto a escravo.

04-Corda Cinza: O homem negro é subjugado, aprisionado e acorrentado; Entidade Ogum.

05-Corda Cinza e Laranja: Representando o negro aprisionado que conduzido ao Mercado de escravos e após levado aos Navios Negreiros.

06-Corda Laranja: Representando o Navio negreiro, o transporte de escravos, sofrendo de fome, doenças e chagas; muitos não chegavam ao destino; Entidade Obáluaiê.

07-Corda Laranja e Azul Celeste: Representando o navio negreiro em sua viagem sobre o mar.

08-Corda Azul Celeste: Representando o Mar, que serviu de caminho para descoberta de novos continentes, troca de especiarias e transmissão de conhecimento; Entidade Iemanjá.

09-Corda Azul Celeste e Amarela: Representando o objetivo desta carga que chega ao Brasil, que é a produção de riqueza para a corte.

10-Corda Amarela Ouro: Representando a definição da exploração que aqui ocorreria; Entidade Oxum.

 11-Corda Amarela e Verde: Representa as primeiras expedições ”Bandeiras”, a desbravarem pela busca de riquezas nas matas brasileiras e captura de escravos.

12- Corda Verde: Representando o caminho para onde os escravos fugiam as matas, e também o local onde formavam os primeiros quilombos; Entidade Oxóssi.

13- Corda Verde e Azul: Representando o período durante o qual o negro defendeu seu quilombo e o grande rei Zumbi, é o nascimento da capoeira como luta.

14- Corda Azul Marinho: Representando os primeiros negros a tornarem-se militares e a lutarem na defesa do território brasileiro, quando das invasões Holandesas; Entidade Xangô.

15- Corda Azul e Vermelha: Representando o período de 1865 e as guerras Cisplatinas, os negros da primeira companhia de Desbravadores “os Zuavos”.

16- Corda Roxa: Representando o período pelo qual, após a guerra, o negro passou para se reorganizar na sociedade, período em que começamos a repensar o nosso viver e a reconhecer quais os nossos direitos quanto cidadão.

17- Corda Marrom: Representando os escravos-soldados que libertos contribuíram para o Abolicionismo no Brasil; e o nascimento de Vicente Ferreira Pastinha (Mestre Pastinha) -1889 a 1981; entidade Obaluaiê.

18- Corda Vermelha: Representando o período conturbado da Sociedade brasileira até 1900; entidade Iansã.

19- Corda Vermelha e Branca: Representando  o período da repressão até 1932, ela tem inicio com o nascimento de Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba) -1900 a 1980. É o renascimento da capoeira em período de Paz.

20- Corda Branca: Representando o período de consolidação da capoeira, como arte. Promovendo o resgate de nossa identidade Cultural a nossa arte luta a “capoeira”. Entidade Oxalá

 

CATEGORIAS, FASES E CORES DA GRADUAÇÃO

DO AXÉ CAPOEIRA E CULTURA BAIANA – URUGUAIANA - RS

 
 

 

CATEGORIAS
DIVISÃO POR FASES
COR DA GRADUAÇÃO
PERIÔDO min
Praticantes
I FASE
INICIANTE
1-Corda Crua
0 meses
2-Cordel Preto
03 meses
3-Cordel Preto e Amarelo
03 meses
II FASE
ALUNO
4-Cordel Cinza
01 ano
5-Cordel Cinza e Laranja
06 meses
6-Cordel Laranja
06 meses
III FASE
ALUNO GRADUADO
7-Cordel Laranja e Azul Celeste
12 meses
Profissionais
 
GRADUADO
8-Cordel Azul Celeste
12 meses
9-Corda Azul Celeste e Amarela
12 meses
GRADUADO ESTÁGIÁRIO
10-Corda Crua e Azul Celeste
18 meses
 
IV FASE
MONITOR
11-Corda Amarela Ouro
12 meses
12-Corda Amarela e Verde
24 meses
V FASE
ESTÁGIÁRIO
13-Corda Verde
12 meses
14-Corda Verde e Azul
24 meses
VI FASE
INSTRUTOR
15-Corda Azul Marinho
12 meses
Especializados
PROFESSOR
16-Corda Azul e Vermelha
12 meses
VII FASE
MESTRANDO
17-Corda Roxa
12 meses
18-Corda Marrom
12 meses
19-Corda Vermelha
12 meses
VIII FASE
MESTRE
20-Corda Vermelha e Branca
Indeterminado
21-Corda Branca
Indeterminado

 

Filosofia da Capoeira

 

São características da capoeira permitem também algumas apresentações de caráter filosófico, determinando o que se pode considerar como uma filosofia de luta.

Os idealizadores não objetivaram agredir ninguém; mas também não era propósito manter a passividade diante da força opressora. A capoeira surgiu então para reafirmar os valores e os direitos humanos, para suprimir a humilhação do homem por parte dos poderosos e eliminar o poder baseado no direito da força. Era a contestação mais legitima o revide como que a obedecer ao principio da física que cada força se opõe a outra, igual e contraria.

 

Regras para o jogo

1-Gingas e circularidade objetivando o toque ou desequilíbrio do vencimento da guarda adversária.

2-Para o semi contato o jogo deve ser fluente e harmonioso. Mãos, pés e cabeça apoiando-se no chão, com movimentos constantes, usando o equilíbrio e o controle corporal. Onde o pé deve tocar o componente não bater com a  intenção de machucar o camarada, os golpes traumáticos devem se utilizados  acima e os  dêsequilibrantes abaixo da cintura.

3-As rasteiras, cabeçadas, tesouras e bandas em geral fazem parte do jogo de capoeira, procure utilizar variando ao máximo.

4-O objetivo é; expor-se a fim de atrair um ataque, para em seguida, contra atacar, sem bloquear ou colidir com o movimento do adversário.

 

O aluno irá desenvolver as variantes culturais da capoeira que serão:

- Jogo: O jogo acontece dentro de um circulo com três metros de diâmetro, ao qual o capoeirista chama de roda, de onde ele não pode sair, isso requer do capoeirista o dobro de habilidade e atenção, a capoeira tem como característica não fugir do ataque do adversário, esquivar e ficar o mais próximo do oponente, armando o contragolpe.

- Maculelê: Dança ritual guerreira simulando a luta de duas tribos, armadas de porretes, onde dois á dois os guerreiros se confrontam numa fantástica luta coreográfica.

- Samba de roda (samba duro): Utilizada num momento de descontração pelos capoeiristas onde os homens formam a roda, mas quem corteja é a mulher, sambando no centro da roda. Tempo mínimo de uso da corda serão seis meses.

 

Capoeira de Contato

 

A capoeira luta desenvolvida, visa preparar o atleta para o confronto da arte marcial capoeira, usando golpes de pés, mãos, cabeça e alavancas com o uso do próprio corpo como principal apoio. Faz-se uso de fintas e esquivas, tendo como objetivo a defesa pessoal, tornando mais eficiente este estilo de arte e luta.

 Com o objetivo de conhecer os limites de cada oponente, aprimoram-se as técnicas básicas com treinamento diário de golpes de ataque, defesa e contra ataque, e o manejo de armas leves, porretes e facas, e o corpo humano como arma principal. Para desenvolver a modalidade de contato, foram criados dois sistemas, fases;

 

Fase um - Capoeira Cultural;

Compreendem os quatros primeiros anos da pratica e prepara o praticante para o movimento cultural da capoeira, as variações do jogo, a cultura baiana ( puxada de rede, macule lê e samba de roda) e a capoeira show, fazendo parte do contexto folclórico nacional e também a defesa pessoal.

Vêm trabalhando a capoeira como educação, arte, folclore e filosofia de vida.

 

Fase dois - Capoeira luta;

Este é um dos aspectos que possibilitou sua sobrevivência, graças a sua eficiência como instrumento de ataque e defesa desde os primeiros momentos de sua criação, visa preparar o atleta para o confronto da arte marcial capoeira, usando golpes dos pés, mãos e luta de solo (quedas e finalizações) buscando aprimorar as técnicas, estudando e conhecendo os limites do oponente.

Ao aprimorar as armas da capoeira, estamos tornando - o um profissional mais consciente de seus atos.

Não ensinamos uma nova capoeira, mas nos valemos das regras para preparar um futuro profissional colocando- o a par da realidade que rege o mundo da capoeira e para não haver superioridade (força e peso) entre os atletas. Esta é a arte marcial capoeira, onde ninguém é superior e todos têm direito a aprender com seus erros.

 

São objetivos dos capoeiristas do Grupo Axé.

 

- Rapidez em todos os aspectos.

- Ataque a áreas críticas do corpo sempre.

- Movimentar-se para não ser atingido.

- Uso de ferramentas (corpo) ao alcance.

- Objetividade.

- Ênfase em tomadas de decisões.

- Preparo físico e mental para situações reais de combate.   

 

Das modalidades

 

Nesta modalidade ela é assim subdividida:

Capoeira de contato leve ou semi contato:

 Tem como característica a marcação de pontos, sejam eles golpes em linha ou circulares ( todos os utilizados na capoeira, sem socos).

 O jogador deverá marcar o máximo de pontos no adversário e após alguma queda, recomeçar o jogo ao pé do berimbau; respeitando o tempo de jogo.

 

Golpes de mãos:

 Galopante, cutelo, desprezo e dedos em riste; poderão ser aplicados sempre em sequencia a chutes ou aplicações de quedas, sempre na defensiva, nunca no ataque e os golpes aplicados com a mão aberta.

 

Golpes de chutes

Todos os golpes que regem o jogo de capoeira deverão ser aplicados de forma controlada, sendo a intenção a marcação de ponto e não a subjugação do oponente.

 

Golpes dêsequilibrantes ou quedas:

 Serão todos os golpes que causem desequilíbrio ou quedas do oponente, pode haver o contragolpe dentro do ataque do adversário e assim sucessivamente.

Ritmo

utilizado será o de benguela do Mestre Bimba, e o tempo de jogo será de dois minutos, com tempo extra de um minuto.

 

Capoeira de contato total

Tem como característica forçar o oponente a entregar-se podendo haver o nocaute finalizando a contenda, valendo todos os golpes que regem a regra da capoeira (chutes, cabeçadas, joelhadas, bandas e quedas em geral).

Ritmo

Utilizado será o São Bento grande da regional baiana, o tempo de jogo será de dois minutos e o tempo extra de um minuto.

 

Capoeira Show (Desempenho)

Tem como característica os movimentos partindo da ginga, usando o artifício, fantasia explorando ao máximo os movimentos com saltos, demonstrando também, amplo domínio e controle corporal com movimentos de balões, jogo de marcação visando a objetividade e a utilização de golpes traumatizantes, é a troca de sabedoria entre dois capoeiristas, desenvolvendo a criatividade e a sabedoria, não há canto.

Ritmo

Utilizado é o do jogo de Iuna, que é indicado para o jogo de graduados formados; o tempo de jogo será distribuído em apresentação individual, um minuto e apresentação em duplas, dois minutos ou por equipes com cinco minutos para apresentar, na realidade farão uma demonstração de capoeira show.

 

 Na capoeira de contato que prima pelo confronto, os alvos serão a parte anterior e superior do corpo; Atacar olhos, garganta, órgãos genitais e articulações das pernas é expressamente proibido passível de punição.

 

 Técnicas proibidas possíveis de punição ou desclassificação

 

 

- joelhada e cotovelada no rosto.

- golpear o adversário caído.

- morder o adversário.

- agarrar o adversário por mais de 03(três) segundos.

- aplicar técnicas que poderão levar a fratura ou inferioridade física.

- tentar ludibriar ao árbitro. Quanto ao recebimento de algum golpe proibido.

-Chutes frontais nos joelhos;

-Golpes na região genital, na nuca ou na coluna cervical;

-Mordidas, cuspidas, estrangulamentos, ataque nos olhos com os dedos;

-Ataques ao adversário após o  termino do jogo;

-Comportamento agressivo, linguagem ofensiva;

-Comunicação verbal como adversário, durante o andamento do jogo (confronto);

-Lançamento voluntário do adversário para fora da roda;

-Utilização voluntária de toda e qualquer técnica que sabiamente venha a prejudicar a dinâmica e/ou andamento da disputa.    

 

 

Do Ritmo

 

-Ritmo mantido por orquestra composta Por:

- 03 (três) berimbaus,

- 02 (dois) pandeiros,

- 01(um) atabaque,

- 01(um) cantor solista

- 03 (três) pessoas formando coral.

-Arbitragem composta por 03 (três) árbitros de mesa; 01 (um) arbitro de linha; 01 (um) cronometrista e 01 (um) diretor de evento (locutor).

Pontuação:
 

03 (três) pontos= rasteiras, derrubado ou queda em geral.

02(dois) pontos = martelo, armada ou meia lua do compassa no rosto, ou cabeçada no corpo.

01(um) ponto= todo e qualquer  chute aplicado  com o apoio das mãos ao chão. As disputas são avaliadas segundo os seguintes critérios por ordem de prioridade:

-Eficiência – 

É medido pela soma de potência, quantidade e precisão na aplicação dos golpes, não são considerados eficientes os golpes aplicados sem potência, ou em pequena quantidade;

-Técnica e estratégia - 

Considera o repertório e a variação de técnicas utilizadas pelo atleta durante a competição;

-Agressividade pura – 

É a agressividade que o competidor demonstra na utilização das técnicas permitidas, durante cada round.  

 

Classes e categorias;

 

sem distinção de sexo.

 

Categoria "A" - até 15 (quinze) anos.

-Perna=até 36 kg;

-Leve =de 36,01 á 43,00kg.

-Médio= de 36,01 á 50,00 kg.

-Meio pesado=de 50,01 a 57.,00 kg .

-Pesado=acima de 57.,01 kg.

Obs. Somente Participa da modalidade semi contato e performance.

 

Categoria "B" - juvenil de 15 a 19 anos.

-Perna=até 48 kg.

-Leve -= de 48,01 a 56,0 kg.

-Médio= de 56,01 a 72 kg.

-Meio pesado=de 64,01 a 72 kg.

-Pesado=acima de 72,01 kg.

 

Categoria “C” – Adulto de 19 a 29 anos

- Pena = ate 63,00kg.

-Leve= de 63,01 a 71,00kg.

-Médio= de 71,01 a 97,00kg.

-Meio pesado= de 79,01 a 96,01 kg.

-Pesado= de 87,01 a 96,00kg.

-Super Pesado=acima de 96,01 kg.

 

*Categoria “D” - sênior de 30 a 40 anos.

*Categoria “E”- máster acima de 40 anos.

Obs. (*) A divisão das categorias de peso é a mesma do adulto.

 

 

Da pesagem.

A pesagem dos atletas deverá ocorrer sempre no prazo mínimo de doze horas antes da realização da competição, é vetada a promoção de peso, para categorias acima ou abaixo da que estiver inscrito.

                                              

Do Uniforme

O uniforme dos capoeiristas é; uma calça e uma camiseta de cor branca e a sua graduação correspondente, que é identificada por meio de cordas, que mudam de cor conforme a evolução do praticante, até chegar ao cordão mais desejado que é; a corda Branca, a corda de mestre .

 

 

Ranking do estilo

 
Campeonatos
Municipal
Regional
Estadual
Regional
Internacional
1°Lugar
13
26
30
52
65
2°Lugar
08
16
24
32
40
3°Lugar
05
10
15
20
25
4°Lugar
03
06
09
12
15
5°Lugar
02
04
06
08
10
6°Lugar
01
02
03
04
05
Técnico. Campeão
10
20
30
40
50
Assis. Téc.  Campeonato
08
16
24
32
40
Professor e Treinador
05
12
18
24
30
Massagista
04
08
12
16
20
Diretor Técnico
10
20
30
40
50

                                                                                                                                                                                  Obs. Através destes incentivos pretendemos incentivar nossos atletas a buscar o aperfeiçoamento técnico, e a conquistarem o reconhecimento no mundo da capoeira.

 

Técnica da luta da capoeira

 

A espinha dorsal da capoeira é o gingado, aquela dança aparentemente inofensiva. O bom capoeirista normalmente ginga com desenvoltura. É da ginga que surgem as esquivas aos golpes do adversário e a preparação a serem desfechados em contra-ataque.

A estrutura didática da capoeira prevê uma série de golpes coordenados no que se denomina sequencia, em que cada golpe cede a um contragolpe seguidamente, a maioria dos golpes da capoeira baseia-se em movimentos circulares. A potencia do movimento em circulo é bem maior do que o movimento linear.

 

METODOLOGIA

Sequencia de ensino do mestre Bimba

Metodologia recomendada para iniciantes da capoeira, em virtude de ter uma sequencia lógica de movimentos de ataque, defesa e contra-ataque, permitindo ao aluno aprender com segurança sem lhe exigir uma habilidade aprimorada.

Cabe ao professor orientar o aprendizado de acordo com sua estratégia de ensino, observando a assimilação dos alunos e identificando se necessário, o fracionamento em etapas a serem cumpridas.

 

Sequências de movimentação interna

São movimentos que ajudam o aluno a movimentar-se ao intervalo das sequencias mantendo assim um estilo de capoeira. Os movimentos a serem usados usam elementos de ataque, defesa e fantasia, todos combinados de forma a esconder “ludibriar” do oponente o movimento seguinte.

Pode-se adquirir controle muscular através da pratica sistemática da capoeira, devido aos inúmeros saltos e saltinhos, também em decorrência da movimentação entre o jogo de chão e o jogo alto, onde o praticante trabalha o controle muscular, saindo do plano baixo para o alto em movimentos rápidos e potentes.

 

Estrutura técnica

 

São movimentos fundamentais desta arte e também sua identidade:

 

a- Gingas

 

- Aú - Aberto, fechado, floreio, beija-flor, dobrado, role, chapa, rinha.

 

b - Movimentos de ligação

 

- Deslocamentos –

-Avanços diagonais, avanços paralelos, deslocamentos frente e costa.

- Resistências –

-Descidas básicas, armar bote.

- Negativas de Ataque e defesa, aberta e fechada.

- Esquivas de frente, cinturada, recuada e de fundo.

 

c- Movimentos dos pés – chutes

 

- Benção –

- Queixada –

- Meia lua de frente –

- Armada –

- Martelo com apoio –

- Meia lua do compasso –

 

d - Movimentos dêsequilibrantes

 

- Rasteira –

- Trancos –

- Cabeçadas –

- Bandas –

- Vingativas –

 

e - Movimentos de mãos – abertas

 

- Tapas – Galopantes

- Godeme –

PROJETOS PARA  2014

 
Objetivos:
 
Centro de treinamento:
 
Ainda sem local definido
 

Temos o prazer de informá-lo que a partir do dia___ de_______ voltaremos com as atividades normais do CT da AECA com novas turmas e novos horários. Inicialmente serão três turmas nos seguintes dias,___e___ as inscrições já estão abertas. De acordo com a disponibilidade operacional, abriremos novos horários.
  
Informamos:
 
1- O CT da AECA é um local onde as pessoas comparecem para praticar a Capoeira Arte Marcial, competitiva, ou seja visando participar das competições oficiais da entidade, e ainda a realização de exames de graduação, etc.
obs: A capoeira cultural também será preservada com a preparação de uma equipe para apresentações. 
2-  Como em qualquer esporte, são necessários materiais básicos para a prática esportiva, sendo assim não será permitido o aluno praticar a modalidade sem o uniforme da Capoeira e a graduação correspondente, bem como, os instrumentos e armas que são utilizados na capoeira.
 
3- A AECA fornecerá o material básico de proteção: luvas de MMA, protetor de cabeça e protetor de tórax, para os treinamentos mais objetivos. 
 
4- Cada aluno deve possuir: uniforme de Capoeira, luva de treino, bandagem, protetor de boca, protetor de pé e canela e protetor genital (homens) ou protetor de seio (mulheres).
 
5- A AECA disponibilizará 30 vagas por turma. Após o preenchimento das vagas será instituída uma lista de espera.
 
6- Os cursos são TOTALMENTE GRATUITOS (ISENTOS DE QUALQUER MENSALIDADE).
 
De acordo com a determinação da Diretoria do AECA, todos os alunos para fazerem a matrícula ou rematrícula devem providenciar antes do início das atividades:
 
- Sua inscrição diretamente na Secretaria de Cursos, portando atestado médico (recente), duas fotos 3x4 (recente), Xerox do RG e comprovante de residência.
- Após isto fazer sua inscrição na Secretaria da AECA, portando a carteira e duas fotos 3x4.

Os visitantes do CT AECA,têm à disposição o alojamento do ...

Custo: R$...por dia, sendo necessário trazer roupa de cama. Agendamento prévio. 
A partir de janeiro de 2013 a AECA assinará um convênio com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Município de Uruguaiana RS, onde serão instalados mais três unidades de treinamento de Capoeira para os usuários das unidades esportivas. As unidades funcionarão na parte da manhã e a noite, e os treinos serão totalmente gratuitos.
 
Os interessados devem procurar a Secretaria de Cursos ou Administração dos Conjuntos Esportivos para se inscrever portando: duas fotos 3x4, Xerox do RG, autorização dos pais ou responsável quando menor e atestado médico.
 
Os cursos são totalmente gratuitos.
Quatro turmas com vagas limitadas a 75 praticantes cada.
Pessoas de ambos os sexos entre 08 e 60 anos podem se inscrever.
As inscrições encontram-se abertas e se encerrarão com o preenchimento das vagas por turma.
Será elaborada uma lista de espera em cada turma com vagas esgotadas.